O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) realizou, nesta quinta-feira (31/08), no foyer do 9º andar do edifício-sede, uma roda de conversa sobre violência doméstica para os servidores da instituição. Promovido pela Ouvidoria/MPRJ, o evento “Isso é Conversa de Homem Também”, foi mediado pela promotora de Justiça Dina Furtado Velloso, coordenadora da Ouvidoria da Mulher do MPRJ. Agosto é o mês em que se comemora o aniversário da Lei Maria da Penha, que está completando 17 anos.
"Todos nós temos que refletir sobre a violência contra a mulher, e, por isso, organizamos esse evento com a presença de palestrantes homens. A violência doméstica afeta mulheres, crianças, vizinhos, famílias inteiras. Esse é um tema muito relevante e que precisa ser debatido", destacou Dina Furtado Velloso.
O ouvidor do MPRJ, procurador de Justiça Augusto Vianna Lopes, ressaltou a importância de se conscientizar a população e promover o diálogo sobre os diferentes tipos de agressão sofridos pelas mulheres.
"Essas rodas de diálogos e reflexão, principalmente, com as equipes masculinas, são exatamente para tentarmos descontruir uma imagem que percebemos no cotidiano, nas ruas, em todos os lugares. A agressão física pode ser muito traumática, marcante, mas existem outras formas de agressão, como a agressão financeira, a agressão psicológica, a forma como nos comunicamos com a nossa colega de trabalho ou com a esposa. Precisamos promover o diálogo e fazer com que as pessoas estejam abertas ao debate", ressaltou Augusto Vianna Lopes.
Em seguida, o promotor de Justiça Bráulio Gregório Camilo Silva falou sobre sua experiência como titular da Promotoria de Justiça Cível de São Fidélis:
"Percebo que os homens partem da premissa de que eles têm mais direitos e as mulheres mais obrigações. Isso não é verdade. Para combater a violência doméstica temos que pensar que somos todos iguais. Não é aceitável nenhum tipo de violência contra a mulher", disse.
Durante a roda de conversa, os servidores trocaram informações e relataram experiências próprias e de pessoas conhecidas. “Esse tipo de debate é fundamental, temos a oportunidade de tirar todas as dúvidas. As pessoas que estão aqui, além de aprenderem sobre o assunto, se tornam multiplicadores para outras lá fora”, afirmou Renato Mendes, servidor da Ouvidoria/MPRJ.
A roda de conversa foi encerrada pelo vice-diretor do IERBB/MPRJ, promotor de Justiça Alexandre Couto Joppert. “Me sinto muito honrado em fazer parte desse encontro. Tivemos uma semana emblemática, com vários eventos dedicados à conscientização e ao combate à violência doméstica e familiar contra a mulher”, finalizou Alexandre Couto Joppert.
Por MPRJ