O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro realizou o evento "Reflexões sobre Violência de Gênero e contra a Mulher", nesta quarta-feira (30/08). Promovido pelo Instituto de Educação Roberto Bernardes Barroso (IERBB/MPRJ), o encontro foi aberto pelo promotor de Justiça e diretor do IERBB Leandro Navega, a procuradora de Justiça e coordenadora do CAO Violência Doméstica e Familiar/MPRJ, Carla Araújo, e o ouvidor do MPRJ, Augusto Vianna Lopes.
A primeira mesa, intitulada "A Mulher como Vítima no Sistema de Justiça", foi presidida pela procuradora de Justiça Carla Araújo. As apresentações discutiram o aumento das denúncias de violência contra a mulher, a ocorrência de violência em ambientes jurídicos, a importância de uma abordagem especializada no atendimento e a necessidade de uma rede de apoio para as vítimas. Além disso, foram compartilhados dados relacionados aos feminicídios. As palestras incluíram contribuições da ouvidora da Mulher da OABRJ, Andreia Tinoco, da defensora Pública da DPGE, Matilde Alonso, e da juíza do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, Luciana Fiala.
A segunda mesa, com o tema "Violência de Gênero", foi presidida pela coordenadora da Ouvidoria da Mulher do MPRJ, Dina Furtado. Nesse painel foram abordadas reflexões sobre a distinção entre a violência direcionada à figura feminina e contra a mulher negra, destacando-se a importância de disseminar informações para a sociedade civil como um meio de preservar a vida das vítimas e garantir seus direitos. A composição da mesa incluiu as procuradoras de Justiça do MPRJ, Elisabeth Sampaio e Patrícia Glioche, juntamente com a pesquisadora do EMERJ do NUPEGRE, Livia Paiva.
O evento foi encerrado com uma roda de conversa sobre o livro "A Justiça é uma Mulher Negra", escrito pela procuradora federal da Advocacia Geral da União Chiara Ramos e pela promotora de Justiça do MPBA Lívia Sant'anna. A abertura do debate foi feita pela coordenadora-geral de Promoção da Dignidade da Pessoa Humana do MPRJ, a procuradora de Justiça Patrícia Carvão, que em seguida passou a palavra à coordenadora do Centro de Mediação e Resolução de Conflitos (CEMEAR/MPRJ), promotora de Justiça Roberta Rosa. Foram discutidos diversos temas, incluindo a importância do constante aprimoramento do trabalho da instituição no combate ao racismo, bem como a necessidade de aumentar as oportunidades para mulheres negras no contexto do sistema judiciário. O evento contou ainda com a participação da procuradora de Justiça Elizabeth Sampaio e da promotora Débora da Silva.
"É fundamental reavaliar essa estrutura, uma vez que desde muito cedo, as mulheres negras enfrentam uma série de experiências cotidianas desprotegidas, a fim de alcançarmos nossos objetivos." disse a autora da publicação.
Por MPRJ