O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio do Instituto de Educação Roberto Bernardes Barroso (IERBB/MPRJ), realizou, na tarde desta quinta-feira (03/10), a palestra "Comissão de Heteroidentificação: Análise dos critérios fenotípicos inerentes aos respectivos grupos étnicos-raciais". O evento, destinado a membros e servidores efetivos, foi realizado de forma online por meio da plataforma Teams, e presencial, na sede do IERBB.
A palestra foi proferida pelo professor Juarez Tadeu de Paula Xavier, vice-diretor da Faculdade de Arquitetura, Artes, Comunicação e Design da Universidade Estadual Paulista (UNESP) e membro da comissão de heteroidentificação da UNESP. Ele falou, entre outros temas, sobre políticas afirmativas, envolvendo cotas raciais e método de identificação étnico-racial de cotistas.
"Na Universidade Estadual Paulista, nossa experiência com a política de Ação Afirmativa vem desde 2012. Eu fui presidente da comissão de heteroidentificação de 2017 a 2020 e ajudei a desenhar a proposta que temos hoje em nossa instituição e em outras instituições parceiras. Durante esse período, nossa equipe participou de mais de 20 mil bancas de heteroidentificação, experiências muito interessantes, e é isso que quero compartilhar hoje. Ainda estamos longe do caminho da igualdade. Então, nosso objetivo é apontar como essas políticas podem, de uma certa forma, diminuir essa diferença”, ressaltou Juarez Tadeu de Paula Xavier.
Entre os participantes do evento estavam os promotores de Justiça David Faria, coordenador-geral de Atuação Coletiva Especializada do MPRJ; Leandro Navega, diretor do IERBB/MPRJ, e o procurador de Justiça Augusto Vianna, Ouvidor do MPRJ.
"Pela primeira vez o MPRJ desigou uma comissão de heteroidentificação composta exclusivamente por servidores efetivos para o concurso de residentes. Essa Comissão terá a incumbência de avaliar os candidatos aprovados pela cota racial. Poder contar com a presença do professor Juarez, que tem uma longa trajetória nessa temática, torna este momento ainda mais significativo”, afirmou David Faria.
Por MPRJ